Starship da SpaceX: o que é, qual a sua importância, quais os desafios, as descobertas, o futuro e os contras
O Starship é um foguete e espaçonave financiado pela iniciativa privada composto de um veículo de lançamento e espaçonave completamente reutilizáveis de próxima geração em desenvolvimento pela SpaceX . Ele foi anunciado por Elon Musk, em setembro de 2019.
O Starship é constituído por uma nave homônima e pelo propulsor Super Heavy. Juntos, eles têm 120 metros de altura e 90 metros de diâmetro, e são capazes de transportar 150 toneladas totalmente reutilizáveis e 250 toneladas descartáveis.
O Starship foi projetado para transportar tripulação e carga para a órbita da Terra, ajudar a humanidade a retornar à Lua e viajar para Marte e além. O sistema de lançamento utiliza veículos-tanque para se reabastecer na órbita baixa da Terra antes de partir para destinos como Marte. O reabastecimento em órbita permite o transporte de até 100 toneladas até o Planeta Vermelho.
Além de possibilitar voos no espaço sideral, o foguete é capaz de levar seus tripulantes até qualquer lugar do mundo em uma hora ou menos. A maioria das viagens até outros países pode ser realizada em menos de 30 minutos.
No entanto, o Starship também enfrenta muitos desafios técnicos, operacionais e regulatórios para se tornar uma realidade. O projeto ainda está em fase de testes e desenvolvimento, e já sofreu vários contratempos, como explosões, atrasos e problemas legais. Alguns dos principais desafios são:
- Desenvolver um sistema de propulsão eficiente e confiável, que possa usar metano e oxigênio líquido como combustível e que possa ser reabastecido em órbita ou em outros planetas.
- Desenvolver um sistema de reentrada atmosférica seguro e controlado, que possa suportar as altas temperaturas e velocidades envolvidas na descida de um veículo do tamanho de um prédio.
- Desenvolver um sistema de pouso preciso e suave, que possa usar os motores do foguete para reduzir a velocidade e pousar na vertical em uma plataforma ou em uma superfície irregular.
- Desenvolver um sistema de vida útil prolongado, que possa garantir a integridade estrutural e funcional do foguete ao longo de vários voos e anos.
- Desenvolver um sistema de segurança humana, que possa proteger os astronautas de possíveis falhas do foguete, dos riscos da radiação espacial e das condições adversas de outros planetas.
- Obter as autorizações necessárias das autoridades aeroespaciais e ambientais para realizar os lançamentos e as operações do Starship sem causar danos ao meio ambiente ou à segurança pública.
Apesar dos desafios, o Starship também tem potencial para trazer muitas descobertas e benefícios para a humanidade. Algumas das possíveis aplicações do Starship são:
- Realizar missões científicas para estudar a Lua, Marte e outros corpos celestes, coletando dados e amostras que podem revelar mais sobre a origem e a evolução do sistema solar e da vida.
- Realizar missões comerciais para transportar satélites, equipamentos e materiais para a órbita terrestre ou para outras localizações espaciais, oferecendo serviços de comunicação, observação e exploração.
- Realizar missões turísticas para levar pessoas ao espaço ou à Lua por curtos períodos de tempo, proporcionando experiências únicas e inspiradoras.
- Realizar missões colonizadoras para estabelecer bases permanentes ou temporárias em Marte ou em outros planetas, expandindo as fronteiras da civilização humana.
Muitos desafios
O Starship enfrenta vários desafios técnicos, financeiros e regulatórios para se tornar uma realidade.
Do ponto de vista técnico, o Starship precisa demonstrar que é capaz de voar com segurança e eficiência, tanto na atmosfera quanto no espaço. Para isso, a SpaceX vem realizando uma série de testes com protótipos da nave em Boca Chica, no Texas (EUA) .
Até agora, os testes tiveram resultados variados. Em agosto de 2019, um protótipo chamado Starhopper conseguiu voar e pousar com sucesso em uma altitude de 150 metros. Em dezembro do mesmo ano, outro protótipo chamado Starship Mk1 explodiu durante um teste de pressão.
Em abril de 2020, um terceiro protótipo chamado SN3 também explodiu durante um teste criogênico. Em maio do mesmo ano, um quarto protótipo chamado SN4 conseguiu passar pelo teste.
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